terça-feira, 11 de novembro de 2008

Questões sobre a ressurreição de Jesus Aula de 10/11

Paixão e Morte

A morte de Jesus não é um cumprimento de um “script” ou dever, mas conseqüência do conjunto de ações realizadas por Jesus. Não é a morte sozinha que proporciona a dimensão da Salvação. A vida de Jesus que proporciona salvação (vida enquanto: encarnação, a vida oculta, a vida pública, o anúncio do Reino, a morte e a ressurreição). O conjunto de sua vida que é salvífico. A morte é um elemento dentro de um contexto maior, não se pode compreender a morte sozinha, está num contexto mais amplo. A salvação é vinda da vida completa de Jesus. O futuro de Jesus vai sendo realizado no decurso de sua vida. O Evento da morte é salvífico porque morrer compõe o cenário da vida humana. A encarnação traz em si, consequentemente, a morte. A morte de cruz é um componente essencial, a cruz é o grande trono do Rei.

Compreensão trinitária da morte de cruz

Espaços que Deus teria de reocupar

A morte = abandono de Deus. Deus ocupa pela morte de Jesus. Re-significa esse estado, como passagem e plenificação da vida.

Pela liberdade humana = o homem pode dizer sim ou não. Uma vez que o ser humano diz não, essa negação gera o abandono, não de Deus, mas da pessoa em relação a Deus. Então Deus entra fazendo ele mesmo a experiência do abandono, através do abandono de Jesus, para ser reocupado pelo amor divino. Deus reocupa sem romper com a liberdade, reocupa a partir de dentro.

Significado da salvação/redenção É uma oferta, possibilidade dada.

Do que nos salva Jesus?

A – do ciclo da violência: somos instintamente levados à violência, vivemos num ciclo violento (atos sutis). Jesus recebe a violência e devolve com amor. Jesus começa a ruptura da violência com o ato da última ceia, sua memória perpétua é sinal dessa ruptura. A salvação é romper com o ciclo da violência.

B - de ser estrangeiros na própria terra: humano / morador da própria humanidade.

C – do sentimento do absurdo: devolve o sentido radical absoluto da vida, recuperação da auto-confiança em Deus que não falta.

D – do egoísmo radical : toda a vida de Jesus é uma abertura à solidariedade.