domingo, 9 de novembro de 2008

APONTAMENTOS DE AULA - 03/11/08

PAIXÃO E MORTE DO SENHOR


INTRODUÇÃO


Questionamentos apontados em sala de aula:

A morte de Deus?
Quem são os assassinos? (judeus?)
Motivo da morte
Morreu mesmo?
Morreu para nos salvar? (de quê?)
Qual é a ação de Deus? (Sua vontade?)
Qual imagem de Deus, subjacente a essa morte? 
Qual consciência de Jesus, diante da morte?







Mc 14,36


A grande tentação 
32 Eles chegaram a um lugar chamado Getsêmani. Então Jesus disse aos discípulos: «Sentem-se aqui, enquanto eu vou rezar.» 33 Jesus levou consigo Pedro, Tiago e João, e começou a ficar com medo e angústia. 34 Então disse a eles: «Minha alma está numa tristeza de morte. Fiquem aqui e vigiem.» 35 Jesus foi um pouco mais adiante, prostrou-se por terra e pedia que, se fosse possível, aquela hora se afastasse dele. 36 Ele rezava: «Abba! Pai! Tudo é possível para ti! Afasta de mim este cálice! Contudo, não seja o que eu quero, e sim o que tu queres.»

Atitudes...

a) - de Jesus: medo e entrega
b) - do Abba: "Tudo é possível..., que tu queres."
A resposta à pergunta de Jesus, no entanto, é dolorida:
"O Pai não pode!"
Isso não significa questionar a Onipotência divina,
pelo contrário,
reconhece-se a liberdade, a vida, do próprio ser, de cada homem e mulher...
Logo,
Deus, em Jesus,
ocupa "o lugar da recusa"!
Onde o ser humano recusou o Amor
aí o Amor entrou,
e, como resposta à recusa violenta,
ao invés da luta odiosa de rancor,
fez-se vítima, por Amor!


I - ELEMENTOS HISTÓRICOS
  • A morte de cruz é, historicamente, incontestátevel
  • pelas múltiplas fontes
    pelo argmento do embaraço: signifca a 'não-vergonha' dos discípulos confessarem a morte do Mestre: morte de cruz!

  • 3 razões históricas:

    Popularidade de Jesus: que incomodava lideranças, camadas sociais...
    Prática de Jesus: questiona os padrões vigentes
    Ordem doutrinal: confronta diretamente com a 'mentalidade' de sua época
      
  • Processo contra Jesus:

    RELIGIOSO: considerado BLASFEMO
    Fez filho de Deus / Profanou o templo / Perdoou pecados;
    POLÍTICO: considerado CONTRAVERTIDO
    A morte de cruz é próprio de um condenado pelos tribunais romanos;

    TEOLÓGICO: considerado um 'ABANDONADO' baseando-se em Mc,
    "Meu Deus, meu Deus, porque me abandonastes?"


A) - RESPOSTAS CRISTÃS À EXECUÇÃO DE JESUS

1. Narrativa dos Evangelhos:
  • Paixão/Morte/Ressurreição
  • Os Evangelhos não se preocupam com a cronologia da morte mas, com o Kerygma.
  • Segundo as Escrituras
  • Logo,  os Evangelhistas, como bons judeus-cristãos, vão procurar nas Escrituras
    "referências" para o cumprimento de tal fato.
2. Tradição Oral
  •  Destino do profeta
  • Jesus é 'lido' como um grande profeta,
    e, como todo bom profeta, é rejeitado e morto.
     
  • A morte de Jesus está de acordo com a vontade de Deus
  • Não é 'mandado' por Deus.
    Ao contrário, explicita que a morte de Jesus está referenciada nas Escrituras.
  • Jesus morreu em perspectiva salvífica
  • Com isso evidencia-se a morte de Jesus como morte para nossa salvação.
3. Metáforas Escriturísticas para compreensão da morte

  • REDENÇÃO - redimir é um pagamento de 'resgate'
  • No Egito, Deus 'pagou' ao Faraó a liberdade do povo.
    Tenha-se presente o 'sangue' do Cordeiro, a Lei do Levirato... 


    • Em Jesus, a humanidade entra num espaço de liberdade e plenitude, possíveis pelo 'resgate' de Cristo; preço pago pela própria vida. 
  • SACRIFÍCIO - a expiação dos pecados
  • O objeto externo, tal como sangue do Cordeiro derramado no altar,
    simboliza o interno, a contrição e a remissão dos pecados. 


    • Cristo realiza o sacrifício pleno, oferta de sua própria vida,
      remissão dos pecados de toda a humanidade.
       
B) - QUESTÕES HISTÓRICAS
1. Jesus morreu como um bandido
  •  Sendo um revolucionário, em meio a cultura judaica,
  • é compreensível que Jesus seja morto.  
2. Grave engano
  • Os judeus e os romanos confundiram Jesus como um bandido,
  • cometeram um grave engano. 

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